O Impacto do Positivismo de Auguste Comte na Sociologia e na Sociedade

Auguste Comte, um pensador teórico francês, é conhecido como o fundador da sociologia. Ele cunhou o termo 'sociologia' em sua obra 'Philosophie Positive' em 1839. Comte tinha como objetivo investigar problemas sociais decorrentes das revoluções políticas, econômicas e sociais durante o período da Revolução Francesa e da Revolução Industrial.

Auguste Comte tinha como objetivo entender os fenômenos sociais por meio de um discurso científico, afastando-se de explicações teológicas ou religiosas. Ele buscou sintetizar ciências estabelecidas como química, física, biologia e astronomia para aplicar seus métodos à pesquisa social, abordando as questões sociais emergentes da época.

Comte sintetizou a produção científica de sua época ao adotar métodos da matemática e das ciências naturais para estudar problemas sociais resultantes de transformações políticas e ideológicas. Ele enfatizou a superioridade do discurso científico sobre o conhecimento teológico, lançando as bases para a sociologia como disciplina científica.

A emergência do capitalismo após a Revolução Industrial e a Revolução Francesa levou a desafios sociais significativos, como a migração do campo para a cidade, resultando na concentração de pessoas em áreas urbanas. Essa mudança trouxe novos problemas sociais que precisavam ser abordados por meio de análises científicas, conforme defendido por Auguste Comte.

Auguste Comte tinha como objetivo abordar a crescente violência e problemas sociais decorrentes da transição da força de trabalho das áreas rurais para as urbanas devido à revolução industrial. Ele procurou entender e enfrentar as questões sociais trazidas pelo capitalismo, juntamente com o desenvolvimento econômico e científico. O objetivo de Comte era reorganizar a sociedade e estabelecer uma ciência, inicialmente chamada de física social, para restaurar a ordem e lidar com a crise moral percebida na sociedade naquela época.

Auguste Comte inicialmente referiu-se à sociologia como física social, inspirando-se em métodos científicos estabelecidos em campos como astronomia, matemática e física. Ele acreditava que assim como as ciências naturais investigavam fenômenos com sucesso, questões sociais poderiam ser estudadas usando uma perspectiva científica. Comte tinha como objetivo aplicar os métodos das ciências exatas às questões sociais, vendo a sociedade como potencialmente funcionando de forma semelhante às ciências naturais.

Comte reconheceu a distinção entre as ciências exatas, como a matemática, e as ciências humanas, como a sociologia. Enquanto as ciências exatas fornecem resultados claros e objetivos (por exemplo, 2 + 2 = 4), as ciências humanas envolvem subjetividade e fatores complexos. Por exemplo, abordar altas taxas de violência em uma cidade criando mais oportunidades de emprego pode não reduzir diretamente a violência devido a escolhas individuais e fatores subjetivos que influenciam o comportamento.

Auguste Comte via a tarefa da sociologia como estudar e entender problemas sociais que impediam o desenvolvimento capitalista. Ao examinar questões passadas e presentes, Comte acreditava que a sociologia também poderia vislumbrar o futuro, semelhante à forma como as ciências exatas preveem resultados com base em dados. No entanto, a perspectiva positivista de Comte de explicar fenômenos com neutralidade e objetividade enfrentou desafios devido à subjetividade inerente no comportamento humano e na dinâmica social.

A discussão começa com uma introdução à sociologia, enfatizando a importância da neutralidade na pesquisa. É destacado que os pesquisadores devem deixar de lado preconceitos e preferências pessoais para garantir a integridade dos resultados da pesquisa.

A conversa transita para o objetivo de Auguste Comte, focando no conceito de positivismo. O positivismo de Comte é descrito como uma crença no progresso social organizado em estágios universais, incluindo estágios teológicos, metafísicos e positivos.

As etapas do desenvolvimento da sociedade de Auguste Comte são elaboradas. A primeira etapa é teológica, caracterizada por uma dependência do discurso religioso para o conhecimento. A segunda etapa é metafísica, onde o raciocínio começa a substituir as explicações religiosas, embora ainda não fundamentadas no discurso científico.

A discussão aborda o conceito de positivismo, destacando-o como a etapa em que a ciência se torna a principal ferramenta para entender os fenômenos sociais e naturais. O positivismo afirma que o progresso é alcançado por meio da investigação científica e que a sociedade evolui positivamente ao longo do tempo.

Uma perspectiva crítica sobre o positivismo é apresentada, questionando a noção de progresso social inevitável. Eventos históricos como guerras, o Holocausto e a escravidão são citados como exemplos de regressões sociais, desafiando a crença positivista no avanço contínuo.